
Não vou mentir. Começou bem chatinha... Não conseguiu causar impacto imediato, como ocorreu oito anos atrás, com a inesquecível "O clone." E houve até quem dissesse: "Ah, isso mais parece continuação daquela outra..." Nada a ver. Ao contrário de muitos outros autores globais, Glória Perez é pouco repetitiva. Principalmente nas tramas centrais de suas novelas. E apesar de ser um grande fã de seus trabalhos, e admirar a maestria com que apresenta diversificadas culturas, repito que Caminho das Índias não me conquistou logo de cara. Um dos motivos? Erro de escalação. Uma escalação, em especial: Márcio Garcia. Baguan-keliê! Tá certo que ele nunca foi lá essas coisas como ator - é bem melhor apresentador -, mas dessa vez conseguiu se superar! E tome rajada de críticas da imprensa. Certamente não passou nem perto do que Glória esperava. Um personagem tão rico, de história forte, impactante... desperdiçado. Química com Juliana Paes? "Zero". Ainda bem que os deuses deram uma ajudinha à autora, colocando Rodrigo Lombardi no caminho de sua Índia. Maya e Raj, foram perfeitos! Houve química. Parabéns a Rodrigo, que mostrou versatilidade a quem acreditava que ele só levava jeito para personagens cômicos. Mostrou serviço e abocanhou o posto de protagonista, que na lógica da história, seria mesmo de Bahuan. Mais uma vez, acredito, Glória não teve outra saída senão mudar os rumos da trama. Como já havia acontecido em América, dada a também incompetência de Deborah Secco, que não fez o menor esforço para melhorar a química com Murilo Benício. E como agora, a trama central desandou. Sorte nossa - e da Glória - ter o Benício, que segurou a peteca sozinho, e tornou Tião Higino inesquecível. Bom, mas o importante é que em seus últimos meses, Caminho das Índias deslanchou. Seus outros personagens caíram, cada um à sua maneira, no gosto popular. Parabéns aos seus competentes intérpretes.
Parabéns, Glória.
Já estou curioso pra saber que cultura nos apresentará no próximo trabalho.
Japão... China...?
Seja qual for, vai surpreender, como sempre. Atcha!
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