

Se de três em três anos - durante mais de oito meses - somos embalados pelas danças típicas de outros países, com as tramas mirabolantes de Glória Perez, Manoel Carlos também não deixa por menos com sua bossa nova. O veterano autor - paulista - não se cansa de demonstrar sua paixão pelo Rio de Janeiro. E novamente o Leblon é pano de fundo para os conflitos de mais uma Helena; agora a cargo de Taís Araujo. Quanta responsabilidade! Mas Taís dará conta do recado, tem garra. Vem demonstrando isso desde Xica da Silva, da falecida Manchete. E Maneco inovou, criando uma Helena mais jovem, embora não menos densa que as anteriores, como já se pode perceber nas chamadas da novela. Só não gostei - não gostei mesmo - do escalado para ser seu par romântico. Mais uma Helena para José Mayer? E pior: novamente um ricaço, cobiçado, de vida afetiva turbulenta... Acho que até o próprio ator tá saturado. Mas fazer o quê. É empregado. E o que vale é "manda quem pode, obedece quem tem juízo..."
Sorte para Manoel Carlos em sua nova empreitada. Mas que ele volte com suas Helenas quarentonas. Adoraria ver Glória Pires na pele de uma. Ainda vou escrever para ele, sugerindo. Quem sabe ele não pensa com carinho? Mas enquanto isso, vamos de "Helena top model" e vamos "Viver a vida".